Eu
sinto saudades. Coisa estranha essa tal de saudade. Você não vê, não
pega, mas ela está ali. Saudade dói. Dói forte. É como se alguém
estivesse apertando o seu coração; estrangulando-o. É uma dor imaterial.
Não dá pra fazer curativos. Mas há consistência neste imaterial. Eu
sinto saudade dos sonhos. Eu sinto saudade das palavras doces. Do olhar
carinhoso. Dos planos loucos. Eu sinto saudade também do que não
existiu. Queria tanto que tivesse existido. Mas não houve. Eu sinto
saudades. Ela mora em mim. Um dia para de doer. Ou não.
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